Nessa data tão aclamada pelos fãs de horror mundo afora, separo uma série de canções para embalar o tão celebrado Dia das Bruxas — sem deixar de lado o nosso Dia do Saci, é claro.
Decidi iniciar com a porrada sonora do Misfits intitulada de “Halloween” (Halloween, 1981). A faixa traz tudo que essa primeira e clássica fase da banda representa: rápida e divertida, comandada pelos vocais poderosos de Glenn Danzig.
A próxima faixa da nossa playlist é “American Witch” (Educated Horses, 2006) de Rob Zombie. A faixa não é exatamente sobre a nossa data em questão, mas trata da execução de bruxas na cidade de Salém, no estado de Massachussets, que se tornou notória e até hoje lembrada.
Na sequência, coloco uma faixa que, além de estar ambientada na noite de Halloween, é uma bela história de amor. “All Hallows Eve” (World Coming Down, 1999), do Type O Negative, é sobre um sujeito apaixonado que, em todas as noites de Halloween, recita encantamentos para trazer sua amada de volta à vida.
Diretamente de 1986, o Rei em pessoa assina nossa próxima canção. “Halloween” (Fatal Portrait, 1986) é uma canção que, como o nome já diz, é sobre o Halloween, data que King Diamond — com seus vocais poderosíssimos — caracteriza como “meu orgulho e não apenas um sonho”.
Nossa próxima faixa é “13 Candles” (Blood Lust, 2011) do Uncle Acid & The Deadbits, que trata de um ritual, utilizando treze velas, negras e vermelhas, e tem uma levada bem animada.
Agora imaginem uma pequena cidade que, após ser aterrorizada por uma besta uivante, decide dar cabo da fera. Final feliz? Não! A besta está de volta e mais enraivecida do que nunca! Esta é “Bark at the Moon” (Bark at the Moon, 1983) de Ozzy Osbourne, um clássico absoluto da música.
Dando sequência, seguimos com “Halloween” (Juju, 1981) de Siouxsie and the Banshees. O ritmo acelerado, o clima gótico e os belíssimos vocais de Siouxsie Sioux tornam impossível que o ouvinte não berre a plenos pulmões “trick or treat”.
Retornando ao tema da bruxaria, trago a faixa “Witchcult Today” (Witchcult Today, 2007) do Electric Wizard, que narra um ritual repleto de tudo o que podemos relacionar ao tema: cultistas com túnicas pretas, altares, bodes negros, fumaça e cânticos.
O cantor Marilyn Manson também está presente na playlist, com um tributo muito interessante ao filme “The Nightmare Before Christmas” (O Estranho Mundo de Jack, em português) de Tim Burton. A canção “This is Halloween”, na voz de Manson, ficou sensacional.
Já o Psychedelic Witchcraft faz um convite para que todas as bruxas surjam em “Witches Arise” (The Vision, 2016). A banda, que surgiu em 2015 como um projeto solo da italiana Virginia Monti, mostra que tem muito a oferecer.
E será que de alguma forma o Halloween pode ser épico? Os alemães do Helloween mostram que sim. Com “Halloween” (Keeper of the Seven Keys, Pt. I, 1987) a banda conta a estória de alguém que após sair para pedir “gostosuras ou travessuras” é capturado pelo próprio diabo. A faixa original tem treze minutos, repleta de solos e belas melodias.
Para fechar a sessão internacional da nossa playlist ainda menciono uma canção inspirada no filme clássico de John Carpenter. “Myers 10/31” (Let Flowers Die, 2001), do Blitzkid, é uma homenagem e tanto, com direito a “Whiteface mask and a butcher knife” (Máscara branca e faca de açougueiro).
Mas o 31 de outubro não é só dedicado ao Halloween, mas também ao nosso querido e amado Saci Pererê! Com “Saci” (Metal Folclore: The Zoeira Never Ends, 2014), Detonator (personagem do músico e comediante Bruno Sutter) presta uma grande homenagem a esse personagem “fanfarrão”. A faixa ainda conta com Ricardo Confessori (Shaman, ex-Angra, ex-Korzus) na bateria e João Gordo (Ratos de Porão) nos vocais de apoio.
“O Saci” (Gente ruim só manda lembrança pra quem não presta, 2018) do Gangrena Gasosa também é uma faixa poderosíssima, que homenageia nosso personagem folclórico mais famoso — ouçam com cuidado, pois, como a letra afirma, “ele pula, ele corre atrás de você”!
Na minha opinião, não tem jeito melhor de fechar essa lista do que com “Mistérios da meia-noite” (De gosto, de água e de amigos, 1985) do grande Zé Ramalho. A faixa, presente no sétimo álbum do cantor, tem um clima bastante fantasmagórico, com um arranjo cheio de detalhes que parecem pairar na noite.
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